Santa Catarina de Bolonha
A fisionomia de Santa Catarina de Bolonha é distendida. O mais expressivo deste semblante está nos lábios cerrados, longos e finos, com um leve sorriso, ao mesmo tempo de afabilidade e de acolhida, como quem, com muita suavidade, mas com uma enorme transcendência, sorri de desdém de todas as coisas da vida, e diz:
“Olhe, tudo isso não é nada, tudo acaba, não tem importância; a figura das coisas terrenas passa, só a eternidade fica.
Eu passei por tudo, sofri todas as dores, tive todas as provações, e terminados esses sofrimentos sorrio para eles.
Porque o que foram mares encapelados, precipícios temíveis, montanhas intransponíveis, fica para trás.
De longe, eu sorrio para tudo isso e percebo que só a eternidade é séria.”
Plinio Corrêa de Oliveira ( 19/5/1971)
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