As maravilhas da História
Minha irmã e eu sofríamos de um acentuado desvio na espinha dorsal, o que preocupava muito Dª Lucilia, a qual se informava e pedia conselhos para saber como resolver essa situação.
Um médico recomendou, como modo de corrigir esse desvio, que eu fizesse todos os dias uma sesta de quarenta e cinco minutos ou uma hora. Deveria permanecer deitado de costas, não numa cama cômoda, mas sobre o chão duro, sem colchão nem travesseiro, o que, por forçar-me a permanecer com a coluna numa posição reta, parece que ajudaria a retificá-la.
Uma sesta forçada
Então, Dª Lucilia prontamente organizou as coisas: nos dias em que não havia aulas no Colégio São Luís, quando terminava o almoço eu era obrigado a dormir no chão. Entretanto, não podia fazê-lo no meu quarto, pois ela receava que eu passasse para a minha cama. Tinha de descansar no escritório de meu pai, vazio nessa hora, pois ele se encontrava no centro da cidade, trabalhando.
Esse aposento era uma sala ampla, onde havia um tapete, sobre o qual também não podia deitar-me. Quando eu entrava, uma das criadas já o havia afastado, tinha limpado o local escolhido por mamãe – um dos cantos, muito ventilado – e colocado um lençol que, naturalmente, era trocado a cada sesta. Lá estava o meu “suplício” preparado.
Mamãe me dava um beijo, eu também a beijava e ela dizia:
– Você fique aqui e durma. Daqui a uma hora eu venho abrir a porta.
Eu respondia:
– Sim, senhora, está bem!
E me deitava.
Ela fechava bem todas as venezianas, achando que assim eu estaria em condições ideais para dormir. Saía e fechava a porta a chave. Eu ficava quieto, escutava os passos dela que se distanciavam – ágeis, curtos e rápidos, tão simpáticos para mim – e ouvia o ruído característico de uma porta envidraçada que se fechava, significando que ela já estava longe, do outro lado do corredor. Nesse horário da sesta, a parte da casa onde eu estava não era muito habitada e quase não tinha movimento. Eu permanecia a sós na penumbra, reputando aquilo muito tedioso e, ainda mais, com as costas incomodadas pelo chão duro, não conseguia dormir e pensava: “O que vou fazer?”
O escritório era mobiliado com algumas estantes onde se encontravam os livros de meu pai, uma escrivaninha e uma cadeira giratória. Havia ali também, junto ao local onde eu permanecia, uma estante menor, mais delicada e feminina, pertencente a mamãe, onde ela guardava as revistas Illustration Française, os livros de Shakespeare e outras obras, muitas em língua inglesa, mas também em outros idiomas, que ela havia lido em seu tempo de solteira.
Naquele tédio, deitado no chão e sem ter o que fazer, comecei um dia a apanhar tais livros. Li um pouquinho algumas traduções francesas de Shakespeare, mas não gostei. Então, vi uma pilha de revistas aparecendo por trás dos livros, na prateleira mais baixa da estante.
Talvez mamãe as tivesse escondido, julgando não serem próprias para uma criança que ainda não tinha o espírito maduro para entender as matérias que elas continham. Além do mais, naquela hora, a leitura seria contrária às ordens do médico, pois oficialmente eu deveria estar dormindo. Mas, na sua inocência, ingenuidade e candura, mamãe não percebia que essas revistas estavam ao alcance de minha mão. Por outro lado, ela devia imaginar que, estando fechadas as venezianas, eu não poderia ler. E não calculava bem que um menino de minha idade lia perfeitamente na penumbra.
L’Université des Annales
Tratava-se de uma coleção de revistas francesas daquele tempo, que minha mãe assinava, chamada L’Université des Annales1: uma publicação de conferências e artigos em francês, língua que eu conhecia bem.
A Université era uma associação de intelectuais, muito seleta e tradicional, existente em Paris. Uma espécie de centro de estudos ao qual eram convidadas as notabilidades e sumidades da literatura francesa: os melhores conferencistas, acadêmicos e historiadores, como Henri Robert, por exemplo. Eram, em geral, membros da Academia Francesa de Letras – um dos cenáculos intelectuais mais importantes do mundo – e expositores muito sugestivos, que faziam conferências mensais magníficas e prodigiosas, sobre temas e personagens célebres do passado, contando fatos da vida de reis e rainhas, marechais, ministros e artistas.
Essa instituição não era propriamente uma universidade, mas chamavam-na assim pela cultura universitária que promovia, a propósito dos anais da História. As conferências eram realizadas para um auditório também muito seleto – pessoas da melhor educação, pertencentes à alta sociedade francesa – numa sala da Université, onde tudo era organizado com a precisão, a adequação e o senso das proporções próprios ao estilo daquele país. Muitas vezes, entretanto, as sessões mais cotadas eram feitas na própria Academia Francesa de Letras, no salão de conferências mais prestigioso do mundo, sob cuja famosa cúpula era uma glória alguém estar.
Tudo concorria para dar o maior brilho àquele ato. Os acadêmicos se apresentavam com uniforme verde, ostentando alamares dourados e condecorações. As senhoras iam vestidas com trajes de alta categoria, inclusive com peles de animais e joias.
Causerie
Naquele tempo, um bom expositor deveria ensinar o público a degustar, mais do que ajudá-lo a aprender.
Então, nessas ocasiões, não eram feitas propriamente conferências nem aulas, mas algo muito apreciado naquele tempo, cujo título em francês não tem uma tradução adequada para o português: causerie.
A palavra causer significa conversar. Uma causerie, então, é um tipo de exposição realizada com excelente espírito francês, numa conversação com o auditório. Ela é profunda, objetiva e séria, mas muito leve, suave e delicada, cheia de categoria e souplesse2, agradável, amável e interessante, o que a torna acessível à atenção das senhoras. Numa causerie, o orador faria uma gafe se os ouvintes não tivessem a sensação de estarem conversando com ele.
Eram, portanto, exposições sem esquema fixo e sem leitura de papéis, nas quais o orador, estudando o seu público – em geral pouco numeroso –, ia modelando com habilidade o desenvolvimento do tema, conforme as mentalidades e as reações. Os ouvintes, por sua vez, sentindo-se engajados e interpretados pelo grande causeur, na adaptação e no ritmo da narração histórica, participavam pelo olhar, pelo gesto e pela atitude.
Desse modo, não parecia haver distância entre um e outros. O expositor sabia “ir” até o ouvinte ou, pelo contrário, “trazê-lo” junto a si, sem que ninguém se movimentasse de seu assento. E assim, durante a causerie, as mentalidades e as personalidades se “visitavam” mutuamente, em tom de conversa e num contato de alma íntimo.
Atores em cena e peças musicais
Na sala de conferências, o interesse do público era ainda entretido por outra coisa.
Havia uma espécie de palco ou passarela atrás do expositor, num nível mais alto que o dele. Enquanto narrava algum caso ou descrevia uma cena, no momento em que ele evocava determinado personagem, entrava um ator ou uma atriz, representando a mencionada pessoa e imitando seu modo de andar, de falar e de movimentar-se. Poderia ser um guerreiro com seu estilo característico, um ministro de estado com ares sentenciosos ou uma dama cheia de distinção.
Às vezes, eram contratados grandes artistas da Comédie-Française3 ou do Opéra de Paris, portanto atores e atrizes fabulosos, sabendo representar como ninguém. Eles apareciam vestidos exatamente como os personagens de quem o conferencista falava, com trajes autênticos de cada época, emprestados por museus de vários países da Europa ou confeccionados por especialistas.
Entravam, por exemplo, Maximiliano do México4 ou o brilhante Francisco I, rei da França5, com o chapéu adornado com uma pluma, tomando os ares característicos da sua época. Quando se tratava do casamento do rei Francisco II6 com Maria Stuart7, compareciam os dois personagens e atravessavam lentamente o palco.
Todos eles se dirigiam ao meio do cenário, faziam uma saudação ao conferencista e depois cumprimentavam o auditório, no estilo do tempo e com muito donaire8, de tal maneira que todos tinham a sensação de ver passar o próprio personagem histórico.
Era interessante, sobretudo, quando entravam senhoras trajando vestidos lindíssimos, com todo o bom gosto e o ornato que as damas francesas sabiam introduzir no modo de se apresentar. Elas passavam fingindo não ver o público, mas, em certo momento, no meio do palco, faziam uma profunda reverência, sorridentes e amáveis, e depois continuavam. Eram Diane de Poitiers9, Leonor de Portugal10 ou Marguerite de Valois11, esta última vestida exatamente como no dia do seu casamento com Henrique IV12.
Ao mesmo tempo que se apresentavam os atores, um coro e uma orquestra especiais, na parte inferior do palco, executavam peças musicais das épocas correspondentes aos temas tratados nas conferências.
Às vezes, entrava de repente um cantor ou uma cantora, do lado do palco oposto ao ator, vestidos também com trajes do tempo e entoando alguma canção que o próprio personagem histórico costumava cantar, ou uma poesia composta em honra dele. Eram acompanhados por alaúdes, cravos ou pianos de cauda, com som cristalino, mas na surdina, a fim de não cobrir a voz do expositor, pois tudo isso servia apenas de fundo visual e musical para a causerie.
À medida que o conferencista mencionava novos personagens históricos relacionados com a figura principal, iam desfilando outros atores ou atrizes, às vezes três, quatro ou cinco, de maneira que o público tinha diante de si os vários indivíduos que o historiador evocava, fazendo assim a reconstituição mais próxima da realidade que se possa imaginar.
Todas essas cenas apareciam na revista, descritas do seguinte modo: “Entrou o ator Tal, vestido assim”. Ou então: “A festejada pianista Madame Tal, executou uma peça”.
No fim, os artistas faziam outra grande reverência diante do auditório e se retiravam lentamente, enquanto a música tocava e o expositor continuava a falar. Compreende-se o sucesso, o entretenimento e a distração que tudo isso causava, acompanhado pela excelente verve dos membros da Academia Francesa de Letras, cujas palavras pareciam um gorjeio de pássaros. Quando acabava a exposição, a plateia estava ofegante de interesse e de gosto, e batia palmas longamente, o que era anotado na revista como “vifs aplaudissements” ou, então, “aplaudissements très prolongés”13.
Pode-se imaginar a impressão que me causava toda essa mise-en-scène14, obra-prima da cultura francesa, descrita numa linguagem maravilhosa, com tanto brilho e aparato. Eu ficava prodigiosamente interessado, encantadíssimo e eletrizado, “bebendo” aquelas cenas como um néctar ou um champagne do espírito!
Apareciam também nas revistas as fotografias dos músicos e dos artistas que participavam, além das letras das canções. Essas ilustrações deixavam a desejar, pois a técnica fotográfica estava ainda incipiente e eram raras as revistas que publicavam boas imagens. L’Université des Annales não era destinada ao grande público, mas aos ambientes mais cultos e, por isso, dava pouco espaço às ilustrações, em benefício do texto. Entretanto, essas fotografias de qualidade objetável me deixavam encantado.
A morte de Bayard
Quando se inicia o outono, nos jardins as flores e as folhas começam a murchar e cair, mas, de vez em quando, permanece uma flor por mais tempo, perpetuando durante alguns dias a lembrança do verão que se foi. Assim também, quando acabam as grandes épocas históricas, às vezes delas permanece algum homem, o qual lembra esse “verão” que passou.
A Idade Média acabou e começaram os tempos chamados Modernos, mas havia no século XVI um cavaleiro que, sob vários pontos de vista, era ainda uma flor da Idade Média reluzindo ao Sol. Esse foi o grande Bayard15, magnífico guerreiro francês, o qual, pela sua coragem e conduta moral irrepreensível, era chamado “Le chevalier sans peur et sans reproche”: o cavaleiro sem medo e ao qual não se podia fazer censura alguma.
Eu senti um frêmito quando conheci essa divisa de Bayard, lendo a história dele numa das narrações da L’Université des Annales.
Ele lutava por seu rei, Francisco I, até que foi atingido mortalmente numa batalha. Começou a verter sangue e foi conduzido para a sombra de um carvalho, árvore de madeira nobre, bonita e resistente, protótipo do vegetal que merece servir de tenda para um herói que vai morrer. A beleza da cena não era invenção do literato que a descrevia, mas era inteiramente real.
Bayard compreende que sua vida chegou ao fim. Vê os cavaleiros reunidos em torno dele, os quais acompanham, com o coração alanceado de dor, o grande homem que vai deixá-los, a luz que vai se apagar.
Começa a agonia. Quando ele sente que a morte chega, oscula a espada e recomenda aos seus:
– Afastai-vos para continuar a luta. De nada adianta estardes contemplando a minha morte. Deixai-me morrer sozinho e continuai no campo da honra.
É o seu último lance em relação aos homens, como se cumprisse o seu dever, dizendo:
– Ide. À vossa frente eu combati e obtive toda espécie de vitórias. Agora não estarei convosco, mas eu vos ofereço a luta pelo nosso rei. Vou morrer sozinho.
Então, começa a se ouvir um tropel e melodias de guerra: é o inimigo que chega. O marquês de Pescara16, admirador do grande cavaleiro sans peur et sans reproche, percebendo que este se encontra ferido, deseja prestar a sua homenagem ao vencido. Passo a passo, com chapéu baixo e atitude reverente, o general vitorioso vem se apresentar a Bayard, manifestar-lhe todo o seu respeito e pedir-lhe, como favor, que lhe dê a honra de aceitar hospedagem em seu castelo e fazer-se tratar pelos seus médicos.
Para a glória de Deus, o vencedor quer fazer algo que pareceria uma contradição: manter em vida o herói temível, com o qual poderá travar no futuro outras batalhas e que talvez o derrotará na próxima luta. Faz isto por ser Bayard um homem tão admirável, ornato de gênero humano. A cavalaria sabia respeitar, admirar e querer bem.
Diante da elevação de alma daquele grande inimigo, Bayard deve ter ficado comovido, pensando: “Que magnífico é ter lutado contra um homem como o marquês de Pescara!”
Assim, a luta de um cavaleiro contra outro mais parecia um torneio entre anjos.
Maria Stuart
Lembro-me também de ter lido, nas conferências de L’Université des Annales, algo sobre a cena final da vida de Maria Stuart, a célebre rainha da Escócia, decapitada por obra de Isabel I, da Inglaterra17.
Famosa por sua beleza, figura encantadora e interessantíssima, própria a ser descrita por um francês e, aliás, ex-rainha da França, Maria Stuart é levada para ser morta. Trajando um vestido de seda, vermelho da cabeça aos pés – a cor do sangue que vai ser derramado –, ela entra numa sala de teto baixo com ogivas medievais, onde há um simples tronco de madeira no chão e um carrasco com um grande machado.
Ela causa uma grande impressão em todos os presentes. Pede licença para rezar antes de ser decapitada, ajoelha-se, faz o sinal da Cruz e recita uma oração em voz baixa. Depois, ela mesma faz um sinal ao carrasco com a mão. Cai o machado e a cabeça rola. Um dos circunstantes, o conde de Kent18, dá um brado e encerra-se a cena.
Depois dessa leitura, os episódios da vida de Maria Stuart passaram a me interessar muito. Posteriormente, comecei a comprar livros que tratavam sobre ela, para aprender como era o “tecido” dos fatos históricos que a levaram a ser decapitada, e de que modo Isabel I – parenta de Maria Stuart – insinuou que a matassem, sem formalmente condená-la à morte.
Arte da conversa e paixão pela História
Minha mãe não se dava conta de que, para mim, a sesta era um grande benefício – apesar de não ter retificado a minha coluna –, pois me fazia tomar contato com aquelas maravilhas.
Quando ela me deixava na penumbra, eu pensava: “Estou só, com os meus bem-aventurados livros franceses!” Era o apetite diante do banquete… Às vezes, o meu lençol era posto um pouco longe da estante. Então eu me arrastava até ela, apanhava uma revista a esmo e voltava a “devorar” aquelas conferências, clandestinamente…
Permanecia lendo durante uma hora, deitado de costas no chão, como mamãe tinha mandado – pois eu era muito obediente –, mas esquecia-me da espinha dorsal e “saía” de São Paulo, “voando” para aquela Europa que eu havia conhecido quando muito pequeno e da qual algumas recordações me haviam ficado no espírito. Era introduzido na história dos antigos tempos, com castelos e cavaleiros; no mundo da corte da França, da Espanha ou do Sacro Império Romano-Alemão… Eu lamentava, pensando: “Por que acabou tudo isso? Por que não vivo num mundo tão bonito e tão interessante como esse?”
Castelos franceses apresentados nas revistas de L’Université des Annales
Entretanto, ao mesmo tempo ouvia os barulhos da rua: as carroças que passavam, os moleques que gritavam, os cachorros que ladravam e também os rumores da casa. Então, ia fazendo a síntese de tudo aquilo, que me colocava entre o passado e o presente, entre a vida e a reflexão, numa posição de muita calma e equilíbrio. E não era interrompido, a não ser quando alguém batia à porta e me avisava que chegara a hora de me levantar.
Com a imaginação viva que eu possuía, lembrava-me depois daqueles espetáculos descritos nas revistas e me entusiasmava, compondo as minhas ideias sobre a causerie… Posso dizer que a leitura de L’Université des Annales foi um fator que me ajudou extraordinariamente a degustar a arte da conversa, a me apaixonar pela História e a formar a ideia da Revolução e da Contra-Revolução.
1 A revista Journal de l’Université des Annales.
2 Agilidade, flexibilidade.
3 A Comédie-Française, teatro do Estado Francês, fundada por ordem do rei Luís XIV no dia 21 de outubro de 1680. Fechada em 1793, durante a Revolução Francesa, foi reaberta por Napoleão Bonaparte em 1812.
4 Fernando Maximiliano José de Habsburg-Lorena (1832-1867), arquiduque da Áustria e imperador do México. Morreu fuzilado em Querétaro.
5 Francisco I (1494-1547), rei da França, reinou de 1515 até sua morte. Herdou o trono como primo de Luís XII, que não tivera herdeiros varões.
6 Francisco II de Valois (1544-1560), rei da França, filho do rei Henrique II e Catarina de Médicis. Em 1558 casou-se com Maria Stuart, rainha da Escócia.
7 Maria I da Escócia, conhecida como Maria Stuart (1542-1587). Com dezesseis anos casou-se com o delfim de França, futuro Francisco II, o qual faleceria dois anos mais tarde. Morreu decapitada na Inglaterra, sob o reinado de Isabel I.
8 Garbo, elegância.
9 Diane de Poitiers (1499-1566), condessa de Saint-Vallier e duquesa do Valentinois, célebre por sua beleza, exerceu grande influência sobre o rei da França Henrique II.
10 Leonor de Portugal ou Leonor de Lancaster (1458-1525), princesa da Casa de Avis e rainha de Portugal, esposa do rei D. João II. Pela sua vida exemplar, alcançou de alguns historiadores o epíteto de “Princesa Perfeitíssima”.
11 Marguerite de Valois (1553-1615), a “Rainha Margot”, filha do rei Henrique II da França e de Catarina de Médicis, foi esposa de Henrique IV da França.
12 Henrique IV de Bourbon (1553-1610), primeiro rei da França pertencente à família de Bourbon, filho de Antoine de Bourbon, duque de Vendôme, e Jeanne III de Albret, rainha da Navarra. Converteu-se ao catolicismo e assinou o Edito de Nantes, que concedia liberdade religiosa aos protestantes.
13 “Vivos aplausos” ou “palmas muito prolongadas”.
14 Encenação.
15 Pierre Terrail, Le Vieux, senhor de Bayard (1476-1524), chamado comumente pelos franceses apenas de Bayard. Militar francês, herói na Guerra Italiana de 1521-1526 entre a França e o Sacro Império.
16 Francisco Fernando de Ávalos, marquês de Pescara. Militar napolitano de origem espanhola, general das tropas do imperador Carlos V, durante as Guerras Italianas.
17 Isabel I (1533-1603), rainha da Inglaterra, filha do rei Henrique VIII e de Anne Boleyn, marquesa de Pembroke.
18 Henry Grey, sexto conde de Kent (1541-1615).
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