Imitar os mais perfeitos: a moda na Idade Média
Na Idade Média, a moda consistia em imitar os mais perfeitos.
E, bem no centro desse universo, que é um convite contínuo à admiração, há a ordem sobrenatural, a Igreja Católica, Apostólica, Romana, na qual isso também se verifica.
Nas menores coisas da Igreja Católica, se as analisarmos bem, encontraremos verdadeiras maravilhas.
Tomo o mais corrente dos exemplos: o meio inventado pela Igreja para chamar os fiéis à oração, o sino colocado no alto de uma torre.
Tão prático, mas quanta maravilha! A Ave-Maria que é tocada na aurora ou na hora do pôr do Sol, que maravilha! Os sinos que repicam alegremente para anunciar a Missa, que maravilha! Os sinos que dobram finados, quando o cadáver entra no templo para receber a bênção, que maravilha!
Dir-se-ia serem coisinhas dentro da vida da Igreja; mas essas “coisinhas” são sóis, e indicam que a Esposa de Cristo nos convida continuamente a uma impostação de alma ávida de admirar tudo, quer na ordem natural, quer na ordem sobrenatural.
Qualquer indivíduo que passa pela rua e possui a glória de ser batizado deve ser ávido de admiração. O homem de espírito católico tem esta tendência a procurar em tudo coisas admiráveis e não é invejoso. Encontrando alguém admirável, ele se alegra e dá graças a Deus; elogia, aplaude aquele alguém e procura torná-lo conhecido. Ele não é igualitário, não procura colocar-se no nível dos outros, mas deseja que quem é superior a ele receba mais, e seja mais glorificado.
Essa era a tendência de espírito existente durante a Idade Média.
(Plinio Corrêa de Oliveira (RDP n. 168, março/2012)
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