A virtude da pureza
A virtude da pureza
A pureza é uma virtude que é a abstenção dos prazeres proibidos. Especificamente, dos prazeres proibidos da carne.
É o privar-se desses prazeres, inteiramente, honestamente, de maneira que não se tenha não só um mau ato, mas não se tenha uma má palavra, nem sequer um mau olhar, nem sequer um mau pensamento, e isso habitualmente. Isso praticado durante a vida inteira constitui uma grande fidelidade à pureza.
Mas a pureza não é apenas isso.
Ela instaura – por causa dessa recusa aos prazeres proibidos – ela abre na alma o caminho para muitas graças. E há uma certa impressão de leveza, de inteligência, de capacidade da vontade, que o homem impuro não tem. Só o puro é que tem.
Naturalmente pode-se objetar que há muitos homens impuros que tem um alto grau de inteligência e de força de vontade.
A resposta é: deve-se compará-lo não com outro, porque é possível que um homem muito inteligente se tenha tornado impuro. Salomão, que tinha muito mais do que uma sabedoria natural, ele tinha sabedoria divina, sobrenatural, comunicada a ele, tornou-se um homem impuro.
De maneira que um homem pode ser impuro e capacíssimo. Mas o problema não é compará-lo com outro, que é puro e menos capaz do que ele. O problema é compará-lo com o que ele seria se ele fosse puro. Aí a gente compreende tudo quanto a pureza deu a ele.
Mas mais do que isso, a pureza abre a alma para o sobrenatural. A Fé Católica Apostólica Romana tem muito mais facilidade de ser rija, forte, coerente, na alma do homem puro. E por causa disso a pureza dos costumes traz a pureza da Fé.
Há uma graça que é causa e prêmio da virtude da pureza. É a devoção a Nossa Senhora. Quanto mais se é devoto dEla, tanto mais se tem a graça para ser puro. Quanto mais se é puro, mais se tem devoção a Ela.
Isto são, em poucas palavras, alguns dos muitos elogios que podem ser feitos à pureza.
(Plinio Corrêa de Oliveira – Extraído de conferência – 05/02/1984)
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