Dr. Plinio comenta o valor da Confissão
DR. PLINIO FALA SOBRE O VALOR DA CONFISSÃO
Se nós falarmos de raridade na Igreja Católica seria interessante falarmos de uma coisa que a meu ver é um milagre permanente na Igreja — para mim só há um milagre comparável a esse, e é o anti-milagre que o acompanha: é haver a Confissão.
Porque ter imaginado uma classe de homens — pensem um pouco nisso — incumbida de ouvir os segredos mais internos, às vezes mais vergonhosos de toda a humanidade, e que os homens confiem em que esse segredo não vai ser violado e durante dois mil anos esse segredo não é violado, de tal maneira que a humanidade inteira confia nisso, isso é um milagre moral do outro mundo.
Ou por outra, são dois milagres: um que haja penitentes; e outro que haja confessores. Porque excede a miséria humana. Não está na proporção da miséria humana. É raríssimo, é singularíssimo. De todas as instituições que existiram sobre a face da terra, o confessionário… Se os senhores quisessem raciocinar um pouco, o confessionário é uma coisa do outro mundo! do outro mundo! Só é comparável a esse milagre o anti milagre – quer dizer, uma coisa que não é milagre, porque propriamente milagre o demônio não pode fazer –, é a insensibilidade dos homens à vista dessa maravilha, que quase não vejo ninguém se extasiar com isso. É uma coisa assombrosa, quase ninguém se extasia. Fica-se indiferente…!
Afunda-se nas escuridões do confessionário, confessa-se, recebe-se um perdão que veio do Céu, ou seja algo fantástico! Conta-se para um desconhecido toda espécie de coisas e sai-se tranquilo, sem a menor preocupação. E depois, encontra um pobre desconhecido disposto a ouvir aquela vergonheira… e que fica horas dentro do confessionário ouvindo a roupa suja da humanidade inteira desfilar ali. É uma coisa do outro mundo encontrar quem queira fazer isso! Tudo isso é fora dos padrões humanos, sem a graça não se manteria. É raríssimo, não tem nada de igual!
(Trecho de “Santo do Dia”, de 05.06.72)
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